Segundo a secretaria, as portarias têm como um de seus objetivos "combater a atividade paralela ao transporte coletivo urbano". A principal mudança será o fim do "cartão vermelho", uma autorização excepcional que a prefeitura concedeu a 645 empresas para circular dentro da ZMRF (Zona Máxima de Restrição ao Fretamento), perímetro de 70 km2 que abrange a região central e avenidas como a Paulista e a Faria Lima. O cartão era dado a quem fazia o chamado transporte não rotineiro, como para eventos de turismo e negócios, passeios culturais e transporte de pessoas de outras cidades para hospitais. Agora, essas empresas terão de obter, para cada viagem, a AET (Autorização Especial de Trânsito), com informação do itinerário, local de desembarque e finalidade. Outra exigência é que o pedido seja feito até as 12h do dia anterior ao da viagem.
Para Jorge Miguel dos Santos, diretor-executivo do Transfretur (sindicato das empresas de fretamento da Grande SP), 20% das empresas não irão se adaptar. "Uma característica desse serviço é a disponibilidade 24 horas, inclusive para contratar. Muitos serviços são contratados duas, três horas antes. A prefeitura diz que teremos que educar nosso cliente", afirma Santos.
Outras cidades
Outra mudança importante é com relação às empresas de fora da região metropolitana. Hoje, para entrar em São Paulo, elas precisam apenas comunicar a viagem por e-mail à prefeitura. A partir do dia 15, terão de fazer um cadastro completo, obter o termo de autorização (que pode ser simplificado se for menos de quatro viagens por mês) e informar, em cada viagem, o itinerário rua a rua, o local de desembarque e o tempo que ficará na cidade.
Fonte: Folha de S. Paulo, 8 de abril de 2011