De janeiro a março, foram licenciados 596,6 mil automóveis e comerciais leves nacionais, queda de 2,1% ante igual período de 2010, marcado pela corrida às lojas em razão do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que vigorou por mais de um ano. As vendas de importados cresceram 28,2%, para 181,8 mil unidades.
Na soma, o número é 3,6% superior ao do primeiro trimestre de 2010. Incluindo caminhões e ônibus, o resultado é 4,7% maior, com 825,1 mil unidades. No primeiro bimestre, o ritmo de crescimento estava em 19,5%, após ter encerrado 2010 com vendas 11,9% acima do ano anterior (3,5 milhões de veículos).
"As medidas de contenção do crédito sem dúvida afetaram o crescimento, que poderia ser mais robusto do que os 4,7% registrados", afirmou Belini. O novo aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado dia 6 de abril, também deve afetar ainda mais as vendas, avaliou o executivo.
Estrago
Para Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, a queda mais acentuada nas vendas de carros produzidos no País reflete, além das medidas do governo, que o "câmbio está fazendo estrago direto na indústria". "É um quadro preocupante, pois afeta toda a cadeia produtiva de um setor crucial, até mais importante que a construção civil."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 8 de abril de 2011