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O metrô é considerado o mais eficiente meio de transporte urbano por não dividir espaço na superfície com outros veículos. Em São Paulo, metrópole que em março ultrapassou 7 milhões de veículos, o metrô chegou tarde, foi entregue somente em 1974, quando entrou em operação o trecho de 7 km, com sete estações, entre o Jabaquara e a Vila Mariana, e desde então cresceu. Pouco. A reportagem é do UOL Notícias.
Atualmente com 61 estações distribuídas em cinco linhas que somam 70,9 km de extensão, o Metrô de São Paulo não se desenvolveu o suficiente para atender às necessidades da metrópole. Preto no branco, o metrô da capital expandiu-se, em média, apenas 1,6 km por ano nos últimos 36 anos.
Durante seminário sobre mobilidade urbana realizado em março último na capital, o arquiteto Marcos Kiyoto, especialista em transportes de alta capacidade, afirmou que o ritmo lento de crescimento do metrô paulistano deixa muito a desejar em relação ao sistema de outras metrópoles, como é o caso da Cidade do México, com 200 km de rede.
Outro problema apontado durante o seminário foi a pouca integração das linhas entre si. De acordo com Kiyoto, o mais importante não é esticar as linhas, mas, sim, criar mais intersecções entre as já existentes para que seja criada, de fato, uma malha metroviária.
Já o arquiteto Fábio Pontes informou que o número de habitantes por km de linha de metrô em São Paulo está entre os mais altos do mundo: 315. Londres, no Reino Unido, tem apenas 19 habitantes para cada km do Tube, o metrô de lá, o que significa trens mais presentes e menos cheios.
As 61 estações do metrô de São Paulo recebem todos os dias cerca de 3,3 milhões de passageiros. As 126 estações do metrô de Barcelona recebem diariamente cerca de 1 milhão de usuários. Talvez esteja aí a explicação para a falta de ânimo do motorista paulistano em deixar o carro na garagem e procurar a estação de metrô mais próxima.
Parceria com o setor privado
No começo desta semana, o diretor de operação do metrô, Mário Fioratti, admitiu em entrevista para a BandNews FM que o metrô está no limite técnico de quantidade de trens. Segundo ele, não há como colocar mais trens em circulação porque o sistema de sinalização que controla a movimentação do trem não pode ser redimensionado.
Umas das soluções sinalizadas pelo governador Geraldo Alckmin são as parcerias público-privadas (PPPs) - como já acontece com a Linha Amarela da rede, administrada pela ViaQuatro, empresa do grupo CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias). Segundo Alckmin, as propostas de parceria devem começar a chegar já nos próximos dias.
Fonte: UOL Notícias, 8 de abril de 2011

Categoria: Geral


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