No primeiro trimestre, os emplacamentos de veículos novos trazidos de outros países tiveram expansão de 28,5% ante igual intervalo no ano passado, para 181,9 mil unidades. Já os produzidos pela indústria local recuaram 0,5%, para 643,3 mil.
O consultor Marcelo Cioffi, sócio da PricewaterhouseCoopers, ressalta que "o álcool tem seus altos e baixos", mas o brasileiro está mais consciente dessa oscilação e os que optaram por modelos flex estão "fazendo as contas" para escolher o combustível mais vantajoso.
Sobre o pacote de medidas que está sendo estudado pelo governo federal para regular o etanol, Belini ressaltou que a Anfavea é "a favor do livre mercado".
No período, a indústria automobilística bateu novos recordes na produção de veículos (902,2 mil) e em emplacamentos (825,2 mil).
Na sua avaliação, "se o negócio é bom, outros virão investir e produzir". Para ele, "cabe ao Estado criar uma política de incentivos" para estimular o crescimento do setor sucroalcooleiro e, consequentemente, evitar a falta do produto no mercado.
Sobre a queda na participação dos automóveis 1.0 nas vendas no trimestre, de 51,5% do total em 2010 para 45,8% neste ano, Belini destaca que houve migração nos sedans para os modelos 1.4. "Acreditamos que vai estabilizar nesse patamar", prevê.
Fonte: Folha de S. Paulo, 8 de abril de 2011