Parking News

A maioria dos motoristas não deve conhecer o Grupo Serviços e Tecnologia de Pagamento (STP), que tem como sócios a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), a CCBR, a EcoRodovias e outros investidores privados. Mas ao rodar em algumas estradas ou mesmo estacionar em alguns shoppings já pode ter visto seus produtos: Sem Parar, Via Fácil e Onda livre. Com novos contratos em carteiras de concessionárias de rodoviárias, a STP se prepara para chegar ao total de 40 estradas até o fim do ano e quase dobrar o atendimento nos shoppings - atualmente com 11 unidades só no Estado de São Paulo. Em entrevista à Gazeta Mercantil, o matemático Pedro Donda, presidente da STP, afirma que a empresa prevê investir R$ 20 milhões este ano não só para expandir a malha rodoviária e estacionamentos, mas também desenvolver novos nichos de mercado, como o vale-pedágio e o pagamento eletrônico de gasolina em postos de combustíveis de redes varejistas.
Os dispositivos eletrônicos (tag) da companhia, colocados nos pára-brisas de automóveis, facilitam hoje a vida de milhões de motoristas nos pedágios de 24 concessionárias em rodovias nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A seguir, alguns trechos da entrevista:

Gazeta Mercantil - Como funciona o trabalho da STP?
Pedro Donda - Somos um negócio de criação de facilidade que media um prestador de serviço com um tomador de serviço. Mediamos toda fase de transação de pagamento de um serviço prestado. É claro que onde a gente consegue agregar mais valor é justamente na rodovia porque trazemos um atributo chamado mobilidade, sem precisar parar o veículo e fazer o pagamento automático. Essa mobilidade é o maior benefício para o usuário, principalmente o comercial, seja ele transportador de pessoas ou de bens. Nossos cálculos demonstram que o valor que o cliente paga por mês, ou seja, R$ 10,00, ganha no primeiro dia de utilização: em tempo, economia de combustível e de equipamentos.

Gazeta - Além do vale-pedágio, a empresa tem projetos para outros segmentos de mercado?
Donda - Fizemos um estudo no ano passado a respeito de combustíveis, para o cliente poder encher o tanque em postos de gasolina e ser cobrado em uma fatura mensal. Mas resolvemos lançar de uma maneira muito pontual e devagar, até porque é um mercado completamente diferente do que a gente atua.

Gazeta Mercantil - Vocês vão competir com o Ticket Combustível?
O produto da Ticket e outros similares de combustível focam as empresas. São os empregados da empresa que ao invés de receber dinheiro para colocar combustível recebem tíquetes, representados por um cartão magnético. Esse é um dos mercados, outro mercado é o de pessoa física, em que o competidor natural é o cartão de crédito. Mas algumas redes de combustíveis estão criando serviços diferentes - em geral, redes de varejo - e talvez esse seja o caminho que a gente siga.

Gazeta - Como funcionaria o serviço no posto de combustível?
Donda - Tem uma antena que recebe a informação de que o cliente está naquela bomba abastecendo. A bomba manda uma transação de abastecimento de tantos litros, que dá tantos reais. Depois o valor é incluído na fatura.

Gazeta - Além de pedágios nas estradas, a empresa também opera o sistema automático de shoppings. Como anda essa divisão de negócios?
Donda - Estamos hoje em 11 shoppings. E este ano teremos mais uns 10. A solução atende a locais de muito movimento. Mas nesse segmento a solução não é de baixo investimento. Em 2008, vamos investir R$ 20 milhões em implantação de malha, considerando que a rodovia investe nas praças um dinheiro importante.
Fonte: Gazeta Mercantil (SP), 7 de maio de 2008

Categoria: Geral


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