Parking News

Os problemas de congestionamento de automóveis devem limitar o potencial de crescimento econômico do Brasil e de outros países latino-americanos nos próximos anos, segundo estudo realizado pela instituição financeira Citigroup, que o UOL Economia publicou em reportagem especial. A pesquisa levou em consideração o tempo que se gasta em viagens urbanas e concluiu que o trânsito gera uma perda de 5% na produtividade do Brasil.
A produtividade corresponde à relação entre quanto se produz e quanto se gasta na produção, incluindo o pagamento de funcionários. Se um entregador, por exemplo, é capaz de fazer um serviço em 20 minutos quando não há trânsito, mas leva 40 minutos em momento de tráfego intenso, diz-se que, nesse caso, a produtividade cai à metade devido ao congestionamento.
O documento, obtido pelo UOL Economia, não foi divulgado para a imprensa. É a primeira edição de um estudo que será anual e se propõe a tratar de temas que, apesar de influenciarem a atividade econômica, são pouco analisados pelo Citigroup. Ele reúne dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), da UITP (associação internacional na área de transporte público), de instituições estatais dos países analisados e do próprio Citigroup.
Cada viagem urbana de um morador da cidade de São Paulo levava 44 minutos em média no ano de 2001, quando a UITP fez um levantamento sobre o tempo de deslocamento nas grandes cidades do mundo. A capital paulista fica em situação pior que a Cidade do México (onde a viagem leva cerca de 40 minutos, em média), Santiago, no Chile (pouco mais de 30 minutos), e Rio de Janeiro (perto de 25 minutos). Em Nova York e Londres, segundo a mesma pesquisa, gasta-se entre 20 e 25 minutos por viagem. Em Paris e Berlim, o tempo despendido fica entre 15 e 20 minutos, de acordo com o levantamento.
Considerando só as viagens para o trabalho, esse tempo aumenta ainda mais. A média que se gasta para ir ao escritório e voltar nas grandes cidades é de 2 horas e 36 minutos no Brasil, 2 horas na Argentina e 3 horas no México, diz a pesquisa. Em países desenvolvidos, esse trajeto costuma levar cerca de uma hora.
Alguns indicadores mostram que a situação só piorou desde 2001 na América Latina, afirma o relatório do Citigroup, citando especificamente a cidade de São Paulo. "Temos razões para acreditar que o futuro não vai ser melhor", diz o documento.
O aumento do número de carros em circulação, a mudança da população de classes média e alta para o subúrbio e as más condições do transporte público são os fatores que o Citigroup vê como responsáveis pela recente piora no trânsito das grandes cidades latino-americanas.
Fonte: UOL Economia, 12 de maio de 2008

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Tráfego, estacionamento e Zona Azul (05/05/2008)

Reportagem da Folha de Londrina alerta que é preciso primeiro resolver os problemas técnicos mais sérios do tráfego urbano na cidade para depois endurecer na aplicação de certas multas. Segundo o jorn (...)

Motorista fala de constrangimento (10/05/2008)

"Largo São José do Belém: à esquerda da igreja há um estacionamento para carros, a 45º, e um posto policial a 50 metros. Entretanto, "donos da rua", prepotentes e acintosos, exigem dinheiro para "olha (...)

Agentes para fiscalizar caminhões (12/05/2008)

O Sindicato dos Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirma que, para garantir a fiscalização da nova área de restrição para caminhões em São Paulo, é imprescindível aumentar o número d (...)

SP tem congestionamento recorde (10/05/2008)

O trânsito de São Paulo bateu duas vezes o recorde de congestionamento dia 9. Às 19h30, foram registrados 266 km de lentidão na cidade, nos 835 monitorados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET (...)

Vaga em préos chega a R$ 25 mil (11/05/2008)

É raro encontrar nos classificados o anúncio de venda de uma garagem em edifício, segundo o Correio Popular, de Campinas (SP). No centro da cidade, inúmeros edifícios construídos no passado não dispõe (...)

Decreto reduz fluxo de veículos (06/05/2008)

O decreto instituído pelo prefeito César Maia dia 5, que proíbe a circulação de caminhões durante o horário de rush em algumas vias da cidade do Rio de Janeiro, provocou significativas alterações no < (...)

Sem Parar agora quer entrar nos postos (07/05/2008)

A maioria dos motoristas não deve conhecer o Grupo Serviços e Tecnologia de Pagamento (STP), que tem como sócios a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), a CCBR, a EcoRodovias e outros