O edital para a troca dos sistemas, sob responsabilidade da São Paulo Transportes (SPTrans), foi aberto para consulta pública na semana passada. A licitação para a mudança no sistema deverá custar cerca de R$ 276 milhões. A maior parte dos recursos vai para os serviços da central de processamento de dados - a empresa contratada terá de fornecer servidores, bancos de dados e conexão para o Metrô, internet, garagens e terminais, além de fazer toda a migração do sistema antigo para o novo.
Além disso, R$ 56 milhões serão necessários para comprar as licenças de softwares e desenvolver aplicativos próprios para operar o processamento do bilhete único. O preço de manutenção e operação do sistema por cinco anos - prazo máximo permitido por lei - também foi incluído na licitação.
Segundo as informações do edital, essa etapa tem de ser cumprida antes de a Prefeitura iniciar seu projeto de substituir todos os cartões de bilhete único ativos na cidade - a estimativa é de que eles somem 25 milhões de unidades.
Problema
Há duas semanas, o Estado revelou que uma falha de segurança no atual sistema do bilhete único permite a liberação de catracas de ônibus, trens e metrô sem pagamento de passagem. A falha foi descoberta pelo pesquisador Gabriel Lima.
A falha permite que os dados sobre créditos contidos no cartão sejam copiados para um computador. Quando o cartão está vazio, essas informações podem ser coladas novamente no novo bilhete - o que, na prática, permite que um cartão sem saldo seja usado para liberar as catracas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 27 de fevereiro de 2012