As assinaturas falsificadas tinham selo de autenticidade de três cartórios de Manaus, junto com a cópia da carteira de habilitação do morto.
O pai dele diz que a carteira original foi entregue a uma pessoa que se identificou como advogado, no processo aberto para que a família recebesse o seguro do acidente de trânsito que matou Fabiano. "Já faz três anos e fica aí esse negócio na rua. Eu me sinto magoado, muito magoado", declara José dos Santos, pai de Fabiano.
Até agora, foram identificadas 43 pessoas que conseguiram transferir as multas para o nome de Fabiano. Elas vão receber os pontos de volta e podem perder a carteira.
Depois desse caso, o Detran do Amazonas estuda uma maneira de o sistema reconhecer automaticamente os motoristas que já morreram. "Iremos ao Ministério da Previdência Social solicitar que esse banco de dados seja repassado à base nacional, para que todos os Detrans do país tenham essa informação e esse tipo de fraude seja combatida na própria origem", diz Mônica Melo, diretora do Detran-AM.
Fonte: Jornal da Globo (Rede Globo), 25 de fevereiro de 2012