O portal G1 informa que os resultados das pesquisas foram mostrados no VIII Congresso Brasileiro sobre Acidentes e Medicina de Tráfego, em Belo Horizonte. O levantamento permitiu traçar um perfil de quem trabalha com o transporte de passageiros e ou de carga.
Isso, ainda que de forma parcial, já que a participação é espontânea. Todos os entrevistados são homens, e 40,6% deles têm entre 51 e 60 anos. A faixa etária de 41 a 50 compreende 29,1% do total. Outros 21,3% têm 61 anos ou mais, e apenas 9% têm menos de 40 anos.
O uso de medicamentos aparece timidamente nas respostas como um fator de risco, o que, na percepção de Basílio, revela a tendência de negar o hábito, que favorece a ocorrência de acidentes.
A carga horária diária é longa, aponta a pesquisa: 66% dos motoristas trabalham mais de oito horas. O percentual é alto, assim como outros observados. Do total dos entrevistados, 61,33% já se envolveram em acidentes de trânsito e 35% trabalham com o transporte de cargas perigosas. Esses dados foram cruzados, concluindo que 42% dos condutores envolvidos em acidentes fazem o transporte de risco.
Em 2006, o programa foi estendido aos servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e já avaliou 11 mil policiais. "Percebemos que as duas profissões estavam submetidas a condições de trabalho de certa forma parecidas. Um dos fatores em comum, por exemplo, era a alimentação de beira de estrada, pouco saudável", diz.
Os primeiros resultados já começam a ser colhidos. "O Comando da Saúde freou o aumento de acidentes com motoristas profissionais em até 5% nas rodovias federais", afirma Basílio. Houve também 13% de redução nos acidentes de trabalho com policiais, num período de dois anos e meio, segundo o médico e agente da PRF.
Fonte: portal G1, 5 de setembro de 2009