Embora o governo forneça essas estimativas para os preços das passagens do trem-bala que ligará Rio de Janeiro a São Paulo e Campinas, o consórcio vencedor da licitação para construir e operar a obra poderá, de acordo com o edital que deve ser lançado ainda neste mês, cobrar uma passagem de até R$ 250,00 para a classe econômica no trajeto SP-Rio (R$ 0,60 por km).
Na classe executiva, os preços podem ser até 75% maiores. O edital deve prever que um mínimo de 60% dos lugares seja destinado à classe econômica.
Além do trajeto SP-Rio, o TAV (Trem de Alta Velocidade) deverá oferecer serviços regionais - como de São Paulo ao aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Inicialmente, estão previstas oito estações obrigatórias para o trem-bala. São elas: Campinas, aeroporto de Viracopos, São Paulo, aeroporto de Guarulhos, São José dos Campos, Barra Mansa ou Volta Redonda, aeroporto Galeão e Rio de Janeiro. O consórcio que vencer a licitação para construir e operar a obra poderá fazer mais estações.
No horário de pico, o serviço expresso - que ligará São Paulo e Rio numa viagem sem paradas - deverá operar num intervalo de 20 minutos. Fora do horário de pico, um trem a cada 40 minutos.
Já o serviço regional de Campinas a São José dos Campos (com paradas em outras estações) deverá operar com um trem a cada 10 minutos no horário de pico e um a cada 30 minutos fora do horário de maior movimento.
Nos 510,8 km totais de extensão que as linhas do TAV deverão ter, 312 km (61%) devem ser sobre a superfície, 107 km (21%) devem ser sobre pontes e 90 km (18%) de túneis.
Cada trem deverá ser capaz de transportar cerca de 450 pessoas no serviço expresso (com duas classes) e 600 pessoas no serviço regional (com uma classe).
O governo estima que, em 2014, quando está previsto para começar a operar, o TAV deverá transportar cerca de 32 milhões de passageiros por ano - 7 milhões no serviço expresso e 25 milhões no serviço regional.
Fonte: Folha de S. Paulo, 3 de setembro de 2009