Parking News

Ser pedestre em São Paulo é tarefa difícil. Em uma cidade com cerca de seis milhões de carros, não é raro encontrar locais onde o transporte motorizado tem prioridade total sobre quem anda a pé. Em alguns casos, não há faixas de pedestres. Quando há, falta semáforo. E, mesmo quando os dois estão lá, o tempo de espera para o pedestre é enorme - chega a ser até 15 vezes mais longo do que o farol para os veículos.
Para exemplificar essas dificuldades, o jornal O Estado de S. Paulo escolheu vários cruzamentos emblemáticos na cidade. Cada um representa um problema que se repete em outros locais de São Paulo - a começar pela travessia da Avenida Pedro Álvares Cabral, a poucos metros da Assembleia Legislativa e do Obelisco do Parque do Ibirapuera, na zona sul.
Lá, um ponto de ônibus no meio de uma praça está ilhado, sem nenhuma faixa de pedestres para facilitar a chegada dos passageiros. Por isso, moradores e trabalhadores da região que utilizam transporte público têm de atravessar correndo, no intervalo entre os carros, as quatro faixas de trânsito pesado da avenida.
Também é difícil atravessar a Avenida Brigadeiro Luís Antônio na altura da Rua Estados Unidos. Ali há faixa, mas falta semáforo.
A falta de semáforo também traz insegurança a quem caminha pela Avenida Europa, nos Jardins, zona sul, e precisa atravessar as Ruas Áustria e Alemanha. A situação ali é caótica: o pedestre precisa enfrentar dois cruzamentos bem movimentados e sem semáforo, onde o fluxo de carros vem de três direções diferentes.
Outro ponto problemático é a travessia da Rua da Consolação na esquina com a Rua Dona Antônia de Queiroz, no centro. A questão ali é a espera. Para os automóveis que descem a Consolação sentido centro, o semáforo fica fechado por 15 segundos. Já para os pedestres que cruzam a Consolação, são cerca de 3 minutos e 50 segundos de espera - quase 15 vezes mais.
Defesa
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirmou que estuda a retirada do ponto de ônibus da Avenida Pedro Álvares Cabral. Já no cruzamento da Brigadeiro Luís Antônio com a Estados Unidos, um semáforo será instalado. Nas outras travessias, não haverá mudanças. Segundo a CET, o fluxo de pedestres do cruzamento da Avenida Europa é de apenas 12 pedestres/hora, o que não atinge o patamar mínimo de 190 pedestres/hora para implantação de semáforo.
A CET afirmou também que é inviável aumentar o tempo de travessia na Consolação - isso poderia aumentar a lentidão dos ônibus.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 13 de setembro de 2010

Categoria: Geral


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