A Dersa (estatal responsável pela obra) teve até 31 de agosto para corrigir as irregularidades e, como descumpriu o acordo, está sujeita a pagar multa diária de R$ 100 mil. A multa já chegou a R$ 1,4 milhão. Para a promotora Maria Amelia Pereira, os tipos de multa relatados pelo DSV reforçam que há falhas. Quase metade delas (1.032) foi para carros que andaram sobre as demarcações que dividem as pistas - em locais onde, muitas vezes, elas nem existiam. Também foram canceladas 534 multas para veículos que não ficaram nas faixas destinadas a eles, 142 para carros em marcha à ré e 66 para veículos na contramão. "O marronzinho não poderia ter multado se a sinalização era falha", diz a promotora. Ela vai pedir que a Promotoria do Patrimônio Público investigue se houve improbidade administrativa dos marronzinhos e da CET. Hoje, 14 de setembro, termina o prazo para que CET e Dersa se manifestem. A CET também deve dizer se as multas dos radares serão canceladas. A Folha não conseguiu falar com os dois órgãos no dia 13 à noite.
Fonte: Folha de S. Paulo, 14 de setembro de 2010