Parking News

Dados divulgados pelo Sindepark (Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo) mostram que a frota paulistana já ultrapassa a marca de 7 milhões de veículos, mas a cidade possui apenas 5.346 mil estacionamentos, que totalizam 500.258 vagas. Com a desproporção gritante, abrir um negócio no ramo pode ser um bom nicho a ser explorado.
Primeiramente, o empresário deve consultar a Prefeitura para saber se é permitida a realização do negócio no local pretendido. ?O estacionamento deve se situar onde exista carência de vagas e próximo ao centro comercial, no entorno de bancos, lojas ou empresas?, explica o consultor do Sebrae Silvio Vucinic.
O capital inicial de investimento varia de acordo com seu porte, mas, para montar um estacionamento privado pequeno, estima-se o custo de R$ 50 mil. Há também a possibilidade de oferecer serviços complementares. ?Montar uma pequena borracharia, um lava-rápido e ter convênio com empresas do entorno dá um diferencial?, diz o consultor.
Dirceu Sumyo Ogawa enxergou a oportunidade de negócio e há dez anos é proprietário do Heidy Estacionamentos, localizado na Lapa, na Zona Oeste. ?Eu tinha um amigo que era dono de estacionamento e abrimos uma sociedade. Com o tempo, resolvi desfazer e comprei um ponto só para mim?. Seu ponto possui 34 vagas e ele investiu inicialmente R$ 100 mil. A vantagem desse segmento, segundo Dirceu, é não haver estoque. ?Nós trabalhamos com venda de espaço?.
Ari Vartanian recebeu a proposta de fazer uma parceria com um comércio e há dez é dono do Azul Park, também localizado na Lapa. O local possui 76 vagas e ele só teve de arcar com o custo de R$ 300 para a abertura da empresa. Ari e Dirceu cobram R$ 8 a primeira hora, R$ 5 meia hora e R$ 2 as demais. O faturamento mensal, de acordo com ele, gira em torno de R$ 20 mil.
Segurança
Nas ruas, a possibilidade de encontrar uma vaga é difícil e a segurança também deve ser levada em consideração. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, só em janeiro deste ano foram registradas 10.265 mil ocorrências de furto de veículos e 9.221 mil de roubos.
É preciso efetuar inscrição municipal para obter o alvará
Em nota, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras esclarece que a atividade de estacionamento deve seguir as diretrizes da Lei 13.885/2004, que disciplina o uso e a ocupação do solo na capital, dentre outras atribuições.
A fiscalização é realizada pelos fiscais de todas as subprefeituras, dentro das competências previstas em lei.
Os estabelecimentos que prestam esse tipo de serviço, diz a secretaria, devem apresentar a licença ou o alvará de funcionamento devidamente regularizado, que deverá ser mantido em local visível para o público, sob pena de a empresa sofrer as sanções previstas pela legislação, como, por exemplo, intimação e multa. Caso o local não tenha a licença, a fiscalização inicia processo para encerramento da atividade.
Para legalizar, é necessário procurar os órgãos responsáveis para as devidas inscrições: registro na Junta Comercial, na Receita Federal, na prefeitura do município em questão, no INSS e no sindicato patronal. Só assim se obtém o alvará na prefeitura.
O consultor do Sebrae Vucinic explica que esse tipo de negócio não exige muitos funcionários. Dirceu Ogawa e Ari Vartanian, donos de estacionamento, têm apenas dois e quatro funcionários, respectivamente.
Vucinic ressalta que qualquer estacionamento com mais de 50 vagas é obrigado a ter seguro contra furto e roubo, além de ser imprescindível que o local tenha controle sobre os clientes, investindo em computadores, bem como câmeras de vigilância 24 horas que devem ser instaladas para que seja feito o monitoramento e se evite possíveis transtornos.
Fonte: Diário de S. Paulo, 2 de março de 2014

Categoria: Mercado


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