Há muito o que fazer até o início do Mundial. Falta, por exemplo, concluir três dos 12 estádios que receberão partidas - considerando-se que a Arena Amazônia, em Manaus, será inaugurada domingo - entre eles o palco de abertura, o Itaquerão. Com o cronograma comprometido por um acidente em novembro passado que teve como pior consequência duas mortes de operários, vai ser entregue apenas em 15 de abril - ou 15 de maio, como disse o secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, no final de semana.
Os problemas ultrapassam os limites do campo. Em vários aeroportos as intervenções não ficarão prontas até junho. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, inclusive, já se contenta com a entrega de ?boa parte? das obras. O mesmo ocorre com a mobilidade urbana, com apenas meia dúzia dos 41 projetos finalizados. Muita coisa deverá ser concluída em cima da hora; mas parte significativa ficará para o pós-Copa. A estrutura de telecomunicações também preocupa. No entanto, há fatores positivos. A Seleção Brasileira mostra-se competitiva, os estádios que já estão em operação são modernos e confortáveis, a procura por ingressos é a maior da história das Copas e algumas intervenções de mobilidade - principalmente as relacionadas com o transporte público ? trarão ganho efetivo para a população, consideram especialistas. Mas, na reta final, ainda há muito trabalho para que o Brasil, de fato, realize a Copa das Copas, como vem pregando a presidente Dilma Rousseff.
Fonte: A Tribuna ? Santos/Estadão Conteúdo, 4 de março de 2014