Com a venda, o prefeito Gilberto Kassab pretendia liberar mais prédios residenciais em duas regiões da avenida pouco adensadas. Os edifícios ficariam no entorno do Largo da Batata, em Pinheiros, e no final da Avenida Hélio Pellegrino. O dinheiro arrecadado financiaria melhorias urbanísticas na região.
Dos R$ 2 bilhões, R$ 1 bilhão seria investido na construção da Linha 20-Rosa (Lapa-Moema) do Metrô. O novo ramal terá 12,3 km e ligará a Lapa, na zona oeste, ao bairro de Moema, na zona sul. A linha faz parte do Plano Expansão 2020 do Metrô. O software de simulação de demanda do Metrô detectou que o novo ramal teria uma demanda diária média de 600 mil pessoas.
Agora, a Prefeitura vai ter de buscar outras formas de financiar o projeto, cuja licitação foi aberta no início de julho.
Adensamento
A CVM argumenta que a definição da quantidade de Cepacs tem de ser projetada na criação da operação. O governo também não apresentou um estudo que aponte a viabilidade de novos prédios em uma região já adensada da capital paulista.
O comércio de novos títulos poderia permitir a construção de 452 mil m2 a mais do que permite a lei de zoneamento da área. Os títulos que seriam negociados são suficientes para a construção de 24 arranha-céus iguais ao Edifício Altino Arantes, o prédio do Banespa, que fica no centro.
Outro lado
A Prefeitura vai recorrer da decisão da CVM para tentar fazer o leilão dos Cepacs na Faria Lima até o final do ano.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 4 de agosto de 2012