Com toda essa massa se deslocando nos vagões, o desconforto dos passageiros não tem data para acabar. Pelo menos nos próximos três anos, segundo especialistas, viajar de trem em horários de pico será tarefa muitas vezes disputada no braço. A cena é comum em estações como Luz, Brás e Pinheiros, que oferecem integração gratuita entre Metrô e CPTM, consideradas os principais gargalos nos trilhos. Em muitos casos, o simples ato de entrar ou sair dos trens ou conseguir lugar no vagão vira uma batalha. A malha tem 89 estações e atende 22 municípios. "Não há como oferecer conforto adequado no pico", reconhece o secretário. Para ele, a demanda ainda vai aumentar até chegar a 9,2 milhões de passageiros por dia em 2014.
Para o professor de ferrovias da Escola Politécnica da USP, Telmo Porto, pico confortável é inviável. "Isso não existe", diz, destacando que o desconforto dos passageiros não tem solução em curto prazo.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 15 de abril de 2012