De acordo com o levantamento da Fundação Seade, o que mais puxou pra cima a violência no trânsito foram as batidas com motos. Entre 1996 e 2008, a mortalidade nos acidentes com motoqueiros aumentou 16 vezes. A taxa passou de 0,2 para 3,4 mortes para cada 100 mil habitantes.
"Os atropelamentos e os acidentes de veículos - automóveis, ônibus e carros - têm passado por um processo de queda, pequeno, mas tem diminuído. Em contrapartida os acidentes de motociclistas têm seguido a tendência oposta", afirma o demógrafo Paulo Borlina Maia.
A pesquisa aponta ainda que 55% dos motoqueiros que morrem em acidentes no Estado de São Paulo são homens jovens, entre 15 e 29 anos.
"A gente está falando de vítimas fatais. Não temos contabilizado as vítimas que ficaram com algum tipo de seqüela, seja física ou emocional. Isso se supõe que é uma população muito grande", conclui o demógrafo.
Fonte: Jornal da Globo, TV Globo, 10 de março de 2010