Apesar de ter começado em 2007, a operação ganhou força somente após a aprovação da lei seca, em junho de 2008. Antes da lei, o crime de trânsito só existia se o motorista embriagado expusesse outra pessoa a dano potencial.
Além disso, a fiscalização em São Paulo foi estendida para todos os batalhões - até abril de 2009 somente o 34º Batalhão cuidava do assunto. E o número de bafômetros aumentou de 14, no começo, para os atuais 160.
Na comparação entre janeiro e fevereiro de 2008 com o mesmo período deste ano, o número de motoristas submetidos ao teste do bafômetro subiu 13.928,23%. Já as infrações e crimes subiram 4.896,55%, segundo dados da PM - os números refletem também o aumento no número de equipamentos em uso.
"O bafômetro hoje é como o banco da viatura, já faz parte dela. Quem é mais velho pode não ver porque não está na balada à noite, mas quem tem 20, 30 anos sabe que os bloqueios já fazem parte da rotina de São Paulo", afirma o capitão Sérgio Marques.
A polícia não faz um levantamento específico com o número de acidentes durante a operação. Nas estatísticas da Polícia Civil, porém, o número de mortos e feridos no trânsito não teve alteração tão significativa na capital. Nos primeiros três meses de 2008 foram registrados 172 homicídios e 6.808 lesões corporais culposas em acidentes. Em 2009, os homicídios foram praticamente iguais (171), e as lesões caíram 16% (5.713). Os dados de 2010 serão divulgados somente após o fim de março.
De acordo com Marques, a meta da PM é chegar ao número de 200 mil motoristas submetidos ao bafômetro em abril deste ano, quando a operação completa três anos.
Fonte: Folha Online, 10 de março de 2010