O corte do imposto que reduziu os preços dos automóveis entre 5% e 7%, em média, deveria durar até o fim deste mês. Mas há um movimento intenso, dentro e fora do governo, para que a medida seja prorrogada por mais três meses. Isso porque ela é vista como uma das poucas ações de combate à crise anunciadas pelo governo Lula que deram resultados efetivos até agora.
Após despencar 25% em novembro, para 177,8 mil unidades, as vendas subiram 9% em dezembro, quando o corte do IPI entrou em vigor, para 194,5 mil veículos. Em janeiro, a alta foi de 1,5% (197,5 mil) e em fevereiro de 0,9% (199,3 mil).
O presidente da Fiat, Cledorvino Belini, que vinha resistindo a dar palpite sobre o mercado total deste ano, agora projeta vendas de pelo menos 2,5 milhões de automóveis e comerciais leves. Em relação a 2008, ano recorde para a indústria, significará redução de 6,4%, ainda assim muito abaixo das quedas previstas para as vendas nos Estados Unidos, Europa e Japão, que passam de 20%. Entre as empresas brasileiras, há quem projete queda de até 15%, como o presidente da GM, Jaime Ardila.
O diretor da Ford, Rogelio Golfarb, ressalta que, além da redução do IPI e da melhora na oferta de crédito para financiamento, as montadoras e as redes de concessionários têm oferecido muitos descontos para manter as vendas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 8 de março de 2009