Não tem jeito. Carro com mais idade e sem manutenção sempre vai dar problema. Uma Kombi, com a suspensão quebrada em plena Linha Vermelha às 8h, acaba em engarrafamento. "Se o carro ficar 10 minutos interrompendo uma faixa, para você voltar ao normal, vai levar uma hora", explica o engenheiro de transportes Fernando Macdowell.
Mau exemplo pelo desleixo e mau exemplo, porque o veículo ainda fazia o transporte irregular de passageiros. Quando é flagrado pela equipe do RJTV, o motorista retira da Kombi a placa que indicava o itinerário.
Na Linha Amarela, outro flagrante: um caminhão trafega tranquilamente com várias caçambas cheias de entulho. Sem proteção, alguns objetos iam ficando pelo caminho.
Nunca feche o cruzamento. "Muitas vezes, o que acontece é que as pessoas não estão prestando atenção e fecham. Na hora que fecha, você tem uma área de influência enorme congestionada", alerta o especialista.
No Rio, mais de seis milhões de pessoas se deslocam todos os dias pela cidade. A maioria, 90% delas, anda de ônibus, carro ou van. Agora, para que tudo funcione da melhor maneira possível, cada um tem que fazer a sua parte. Leis respeitadas e fiscalização eficiente.
Segundo o Detran, das dez infrações mais cometidas em 2008, no Estado do Rio, três estão relacionadas aos excessos cometidos quando é preciso parar ou estacionar o veículo. Avançar o sinal vermelho, por exemplo, ficou em 2º lugar. Deixar o carro sobre a calçada ou ignorar a faixa de pedestres, em 5º. Parar em local e hora proibidos, desobedecendo a sinalização, ficou em 9º lugar.
O empresário Leonardo Conrado mora na Barra da Tijuca e trabalha no centro da cidade. Tem carteira de motorista há dez anos, mas o carro, durante a semana, fica em casa. Ele pega carona com o irmão. Além de se estressar menos no trânsito, ainda serve de bom exemplo.
"É muito mais fácil e mais econômico, porque usa um carro só. É uma atitude de educação no trânsito. Se todo mundo se ajudar, vai ter uma vida muito mais tranquila. Eu vou chegar mais cedo ou vou acordar um pouquinho mais tarde", defende.
Fonte: jornal RJTV (Globo), 4 de março de 2009