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A partir do ano que vem, a Prefeitura vai incluir na inspeção veicular a análise dos níveis de ruídos emitidos pelos carros. O teste será feito junto com o ambiental, que mede a emissão de poluentes e é realizado desde 2008. O dono do veículo precisará de ambos para obter o selo de aprovação e assim poder fazer o licenciamento, informou O Estado de S. Paulo.
Sem o selo, o motorista também corre o risco de ser multado em R$ 550, se for flagrado pela fiscalização circulando pela cidade já fora do prazo da inspeção.
O teste de ruído já é previsto desde 1995, quando a Prefeitura, na gestão Paulo Maluf, assinou contrato com a Controlar, concessionária responsável pelo serviço. Até hoje, no entanto, a estratégia para coibir a poluição sonora de veículos praticamente não saiu do papel, apesar de a medição estar embutida na taxa de R$ 56,44, paga pelos donos de veículos para fazer a inspeção. A Prefeitura afirma que ainda não definiu o valor para 2011.
Nos dois primeiros anos da inspeção ambiental em São Paulo, 2008 e 2009, a medição de ruído foi feita por amostragem e para levantamento de dados, segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Em 2009, após contestações do Tribunal de Contas do Município (TCM), a pasta publicou portaria afirmando que o ruído deveria ser medido em todos os veículos, mas especificou que em 2010 não haveria reprovação.
Ruído
O barulho tem de ser perceptível e fora do normal do veículo. Isso porque a medição começa com uma pré-análise do inspetor. Apenas se ele desconfiar que o ruído está acima do limite é feito um teste com a colocação de um microfone perto do escapamento.
Segundo o professor de Engenharia Mecânica da Unicamp Celso Arruda, o ruído em excesso está geralmente associado a falhas no equipamento chamado catalizador, o que provoca barulho semelhante ao de algo solto no escapamento. Outra causa comum é um defeito no abafador, também localizado no escapamento e responsável por filtrar o som. Nesse caso, o veículo emite um barulho parecido com o de um carro de corrida.
A Secretaria do Verde orienta os motoristas a identificar a causa dos ruídos fora do normal e fazer o conserto antes da inspeção ambiental. Se o veículo for reprovado, o proprietário tem um mês para resolver o problema e agendar novo teste. Se não cumprir o prazo, paga novamente a taxa para inspeção.
Segundo a prefeitura, cerca de 0,8% dos veículos que passaram pela inspeção de ruído neste ano seriam reprovados se o teste já estivesse valendo.
Desde o início do ano, a Polícia Militar tem realizado, ao lado da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, blitze para flagrar veículos circulando sem ter feito a inspeção. São feitas, em média, quatro ações por semana. Também são feitos bloqueios específicos para um tipo de veículo, caso das motos, que têm a menor adesão ao teste ambiental.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 25 de outubro de 2010

Categoria: Geral


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