Mesmo sem o colete e o crachá, eles ainda trabalham nos estacionamentos. No Setor Bancário Sul, os guardadores e lavadores de carro não quiseram conversar. Mesmo sem identificação, contam com a confiança e o dinheiro do motorista que precisa de vaga.
"Geralmente, eles cobram por mês, porque eles sabem que a gente tem que trabalhar todo dia. Eu já paguei entre R$ 30 e R$ 50", conta a tecnóloga Simone Duarte.
Em um outro trecho, alguns já vestiam o colete. Quem ainda não tem, explica o porquê. "Falta a carteira de trabalho chegar e o certificado de dispensa militar, que já dei entrada", argumenta o guardador de carro Sebastião da Silva.
Em um estacionamento perto do Parque da Cidade nenhum deles usava colete. "O pessoal da fiscalização ainda não passou por aqui. Por enquanto está dando pra trabalhar sem o colete, sem nada", diz o guardador de carros Adriano Silva Barros Dias. Ele continua trabalhando porque tem o comprovante de entrega de documentos da Superintendência do Trabalho. Os fiscais da Agência de Fiscalização (Agefis) ainda aceitam o papel como prova de que o guardador está esperando para receber o colete.
A Secretaria da Ordem Pública diz que oito equipes de fiscais estão nas ruas combatendo flanelinhas sem cadastro.
Fonte: DFTV 2ª Edição, 5 de outubro de 2009