Os primeiros Galaxies brasileiros chegaram aos distribuidores Ford em fevereiro de 1967 e tinham design totalmente atualizado em relação ao modelo feito nos Estados Unidos. O mesmo não se podia dizer da parte mecânica. O grande sedã não tinha pretensões de economia e não era um modelo acessível. Ao contrário: era caro e luxuoso, com porte avantajado de 5,3 m de comprimento e 2 m de largura.
Inúmeras alterações ao longo dos anos foram feitas neste carro, que sempre foi símbolo de luxo no mercado nacional. Ganharia as versões LTD e Landau, que integravam um novo pacote de acabamento e opcionais, como ar-condicionado e transmissão automática, o primeiro carro brasileiro a oferecer essa comodidade. O Galaxie reinou absoluto em seu segmento e sobreviveu a modelos como o Opala e os da linha Dodge. Mas o tempo passou, veio a crise do petróleo, novos carros compactos chegaram e o Galaxie não recebeu as inovações que deveria, ficando desatualizado.
O golpe final foi dado pela própria Ford no início da década de 1980, com o lançamento do Del Rey, uma versão luxuosa do Corcel II, com vários itens de conforto, para tentar ocupar a lacuna do Landau, único modelo sobrevivente ainda em produção. Em 1980 foi lançado o Landau a álcool, que teve 2.492 unidades produzidas.
Em abril de 1983 o Galaxie foi oficialmente aposentado pela Ford. Numa carta dirigida à imprensa, ela se referiu ao modelo como um verdadeiro marco para a indústria. Ao todo, 77.647 automóveis da linha foram fabricados.
Mas quem é rei não perde a majestade. E por isso ainda é possível ver inúmeros Galaxie 500, LTD e Landau em encontros de carros antigos, nas ruas, e garagens dos seus felizes proprietários. "Mesmo grande demais e muito beberrão, conduzir um carro desses é uma experiência agradável, tamanho é o seu conforto. Palavra de um admirador da linha Galaxie e ex-proprietário de um Landau", conclui Camargo Jr.
Fonte: site Webmotors, julho de 2008