Fabrício não conseguiu encontrar o assento de elevação para o filho de 6 anos. "Eu estou colocando o cinto. Como a minha casa é aqui a dois quarteirões, está chovendo e eu o trouxe de carro", explica.
Numa loja há apenas o bebê conforto, para recém-nascidos de até 1 ano. A lista de espera pelas cadeirinhas e assentos elevatórios, usados por crianças maiores, enche vários cadernos. "Assim que chega, a gente põe uma plaquinha lá fora avisando que chegou. Aí todo carro que passa, a maioria está precisando, acaba entrando e levando o produto", diz a gerente Patrícia Parizo.
Como alternativa à falta dos produtos nas lojas, alguns pais apelam para o improviso e encomendam produtos parecidos, feitos por estofadores e marceneiros. "Faço de acordo com o tamanho que ele pede e o restante fica sob responsabilidade dele", explica o estofador Manoel da Silva.
O problema é que esses equipamentos feitos sob medida não são testados nem passam por processos de controle de qualidade. Por isso, não diminuem riscos em caso de acidente.
Na internet também há ofertas de produtos sem garantia de procedência. Segundo o Instituto de Meteorologia e Qualidade, não é permitido vender a cadeirinha sem garantia.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (TV Globo), 15 de novembro de 2010