Mas a medida trouxe prejuízos ao comércio local. Segundo os comerciantes, a extinção das vagas afastou clientes acostumados a parar seus carros em frente às lojas.
Para chamar a atenção da Prefeitura em relação aos prejuízos, em junho o comércio organizou uma manifestação que reuniu quase 300 pessoas e paralisou a rua Domingos de Moraes por quase uma hora.
Os comerciantes só encerraram o ato após a promessa de que seriam recebidos por um representante da CET para rediscutir algumas alternativas viárias, inclusive a questão das vagas de estacionamento.
"Conseguimos sensibilizar o CET e pedimos novos estudos. Estes estudos mostraram a necessidade das vagas", afirmou o superintendente da distrital sudeste da Associação Comercial de São Paulo, Pedro Domingues. No primeiro encontro, o comércio entregou diversos pedidos à CET. Ao final de três reuniões, apenas uma parte deles foi atendida, após novos estudos de engenharia de tráfego na região.
Na Domingos de Moraes serão recriadas 23 vagas do sistema Zona Azul. A rua conta ainda com 84 vagas rotativas (regidas por horários específicos). As vagas de Zona Azul serão distribuídas entre os lados par e ímpar da via, segundo a disponibilidade. No lado ímpar, as vagas serão criadas entre as ruas França Pinto e Joaquim Távora, funcionando das 7h às 19h. Já no lado par, próximo à rua Joaquim Távora, serão criadas 10 vagas que funcionarão das 9h às 17h. Fora desses horários, o estacionamento nesse trecho da Domingos de Moraes será proibido.
Comércio
Os comerciantes com lojas instaladas no Conjunto Comercial e Residencial Paraíso, localizado no lado par da Domingos de Moraes aprovaram a reabilitação das 23 vagas na região, mas criticaram os horários de funcionamento.
"Melhor do que nada. Mas ainda teremos prejuízo no Natal. Veja só: eles querem permitir até as 17h no lado par. O problema é que o melhor horário para o comércio daqui é exatamente a partir das 17h, quando as pessoas saem de seus empregos e podem fazer suas compras nessas lojas", afirmou a gerente de uma loja de roupas.
Fonte: Diário do Comércio (SP), 11 de novembro de 2010