A Folha percorreu dia 25 de abril os 10 km (ida e volta) do pedaço criado para que ciclistas circulem aos domingos das 7h às 14h. Nas faixas de pedestre, de cor branca, ciclistas devem descer da bicicleta e atravessar empurrando o veículo, informa a placa. Pouca gente obedece. As de cor vermelha deveriam ser exclusivas das bikes. Não são.
O sentido obrigatório tampouco é seguido pelos ciclistas, apesar do apelo insistente de orientadores, espalhados pelos pontos-chave do trajeto.
Outro flagrante constante é o desrespeito de ciclistas com os próprios ciclistas. Apressadinhos são incapazes de obedecer o limite de 20 km/h. Na ausência de buzina, gritam para que os outros deem passagem. Quando isso não acontece, invadem a área dos carros para ultrapassar. Com a manobra, jogam os cones de demarcação na pista vizinha, a dos automóveis, afetando o trânsito. A Secretaria Municipal de Esportes diz que a ciclofaixa é para lazer, e não para competição. Daí a orientação para que usuários não abusem da velocidade, a fim de evitar acidentes.
Para complicar, pedestres, patinadores e skatistas querem dividir espaço com ciclistas. Só que a faixa é exclusiva das bicicletas. Desde o lançamento, em 30 de agosto de 2009, o número de frequentadores aumenta. Começou com 9.200 ciclistas. Atualmente, cerca de 12 mil paulistanos pedalam por lá.
Fonte: Folha de S. Paulo, 26 de abril de 2010