Até então, os 576 radares fixos da cidade não davam conta do recado: muitas motos escapam deles por circularem fora das faixas de rolamento, pelo tamanho reduzido da placa e por não terem identificação na frente.
A CET não soube informar quantas multas foram aplicadas aos motociclistas, porque diz que não diferencia as infrações por tipo de veículo.
Agora, 150 agentes de trânsito vão poder focar o radar diretamente nas placas, dar zoom e bater a fotografia - que é registrada apenas quando o veículo está acima da velocidade permitida.
Outras infrações, como andar entre corredores de carros ou na faixa expressa da marginal Tietê, não serão fiscalizadas pelos aparelhos.
Dulce Lutfalla, assessora de fiscalização da CET, diz que "a preocupação é com o número altíssimo de mortos e feridos nas motocicletas".
No último balanço do órgão, em 2010, foram 478 mortes de motociclistas vítimas de acidentes de trânsito, 11,7% a mais que em 2009.
A princípio, os seis equipamentos farão um rodízio nas 65 vias. As marginais Tietê e Pinheiros, o Elevado Costa e Silva e a avenida Liberdade estão entre elas. Os radares foram alugados por um ano ao custo de R$ 226.639.
Fonte: Folha de S. Paulo, 19 de março de 2012