Cerco a infratores não reduziu as mortes no trânsito (13/10/2011)
A arrecadação recorde da cidade com aplicação de multas ainda não se refletiu em redução de mortes em acidentes. Levantamento feito pelo Estado com base em dados oficiais mostra que o índice de mortes por 100 mil veículos cresceu 7,1% entre o segundo trimestre de 2009 e o mesmo período deste ano. O índice é baseado no número de mortes no trânsito fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública e na frota de veículos registrada pelo Departamento Estadual de Trânsito. Nesse período, a frota cresceu 7,9% e chegou a 7,1 milhões de veículos em julho. Já as mortes cresceram 8,9% - no segundo trimestre de 2011, foram 219. Os dados são de antes do começo da cobrança de multa para quem desrespeita a faixa de pedestres, iniciada em agosto.
Para o integrante da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito Celso Médici, os números não significam que ações de fiscalização têm sido ineficientes. "A frota está crescendo muito, mas a fiscalização tem sido eficaz em impedir que o número de acidentes cresça em proporção muito maior. Se não tivesse acontecido esse aperto, certamente teríamos um trânsito mais violento."
Já a CET garante que há no momento inversão da curva de crescimento de acidentes. "Nos últimos 13 anos, o número de pedestres mortos no trânsito caiu praticamente pela metade, de 1.109 para 630, período em que a frota cresceu 44% e a população, 14%."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 13 de outubro de 2011