Esses coletivos, de 17 linhas, tinham origem em municípios da região oeste da Grande SP, como Osasco, Carapicuíba, Embu e Cotia, em direção ao largo da Batata. Agora, eles têm ponto final na estação Butantã da linha 4-amarela do metrô paulista. Na prática, a retirada significa 49 veículos a menos na hora de pico nesse quarteirão da Teodoro, entre as ruas Fernão Dias e Cardeal Arcoverde. Dependendo do período, dá uma queda de 15% a 20% de todos os ônibus por lá.
O mapeamento do lugar com maior quantidade de ônibus na cidade foi feito pela Folha a partir de dados contabilizados pela CET em 28 rotas, incluindo 59 vias. A média de 339 ônibus por hora pela manhã num trecho da Teodoro superou em mais de 45% a da segunda colocada no ranking, a avenida Eusébio Matoso - que faz parte do corredor de ônibus Campo Limpo/Rebouças/Centro. Para Ricardo de Oliveira Laiza, superintendente de planejamento da CET, além dos ônibus intermunicipais, a existência de uma faixa exclusiva para coletivos à direita na maior parte da Teodoro (sem ser segregada e sofrendo invasões mais frequentes que nos corredores à esquerda) justifica essa condição. "Mas são ônibus menores. Na Rebouças são maiores e, portanto, transportam mais gente", afirma Laiza.
Lentidão
Não é à toa que a Teodoro Sampaio foi uma das líderes em lentidão do trânsito na cidade no ano passado, com velocidade inferior a 9 km/h no horário de pico da tarde (um pedestre anda a 5 km/h). A simples transferência de ônibus da Teodoro para a pista exclusiva da Rebouças, no entanto, não seria solução - porque a velocidade dos coletivos nesse corredor também é baixa, havendo até congestionamento em alguns pontos de embarque no rush. Em junho deste ano, nos períodos mais críticos, os ônibus rodavam a 11,5 km/h no sentido centro-bairro pelo corredor Campo Limpo/Rebouças/Centro - a velocidade média considerada ideal é superior a 20 km/h.
Fonte: Folha de S. Paulo, 17 de outubro de 2011