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As taxas criminais estão em baixa no Estado, mas um indicador ainda preocupa: as mortes no trânsito subiram 5 % no terceiro trimestre de 2010, em relação ao mesmo período do ano passado. Normalmente, entre 90% e 98% dos homicí¬dios culposos (sem intenção de matar) são causados por aci¬dentes de trânsito, segundo da¬dos anuais da Secretaria de Se¬gurança Pública.
O Diário de São Paulo destaca que, desde que a Lei Seca entrou em vigor, determinando a pri¬são de motoristas bêbados, o número de homicídios culpo¬sos em acidentes não diminuiu, como deveria ocorrer. Ao contrário. Em alguns períodos, até aumentou, segundo dados oficiais. Em 2009, dos 4.821 assassina¬tos culposos registrados, 94% (4.536) foram em tragédias nas ruas de São Paulo. O número de mortes perma¬nece constante, apesar de a Po¬lícia Militar ter mais do que do¬brado as operações no Estado. Segundo o capitão Sérgio Mar¬ques, até 20 de outubro deste ano, mais de 146.600 motoris¬tas foram submetidos ao teste do bafômetro em todo o ano de 2009 foram 105.900. O nú¬mero de prisões também é alto: 732 em dez meses. Em todo o ano passado foram 800.
Negligência
Especialistas creditam a permanência das mortes no trânsito à negligên¬cia dos motoristas e a falhas na fiscalização. "A Lei Seca prati¬camente caiu em desuso agora, a fiscalização não é suficiente e eficiente para reduzir as mortes em São Paulo, como ocorreu no Rio de janeiro", diz o especia¬lista em transportes Flamínio Fichmann. "Estatisticamente, o aumen¬to de 5 % não é significativo. Mas a CET (Companhia de En¬genharia e Tráfego) e outros ór¬gãos falham, principalmente na coordenação das motos, que representam grande proble¬ma", acrescenta Fichmann.
O consultor de engenharia de tráfego Horácio Augusto Fi¬gueira concorda que o rigor nas autuações deveria ser maior para inibir os acidentes. "A so¬ciedade fica brincando de se enganar. Todo mundo sabe on¬de será a blitz da PM, porque é sempre no mesmo lugar. Todos os motoristas sabem onde estão os radares. Uma pessoa vem a 200 km/h e quando chega no radar reduz para 80 km/h. Os condutores têm que ter ciência de que estão fazendo isso por si próprios, para salvar a própria vida, não para os outros", afirma Figueira. "Os motoristas reclamam de multas, mas ela é um sinal de que algo está errado. Se eu sou autuado por dirigir embriagado é melhor do que perder uma perna ou morrer porque bebi e perdi a vida no trânsito", diz.
Fonte: Diário de São Paulo, 30 de outubro de 2010

Categoria: Cidade


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