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Pagar para poder estacionar em vias públicas, sob o risco de ter o veículo roubado ou danificado pelos conhecidos "flanelinhas". Considerada abusiva por motoristas que diariamente são abordados pelos guardadores de carro, a prática já virou rotina para quem estaciona no Centro e em outras regiões movimentadas da cidade. A ausência de uma legislação para coibir a prática, aliada à falta de fiscalização, facilita a ação desses "profissionais", que como mostrou o Jornal Cruzeiro do Sul há dois anos, organizam-se paralelamente à lei para "lotear" vagas que deveriam ser de livre direito da população. Na época, a Urbes - Trânsito e Transporte chegou a estudar a implantação de uma lei que regulamentasse a profissão, porém até agora não saiu do papel. Enquanto isso, os motoristas continuam reféns da situação, principalmente em locais como o entorno do Hospital Regional, onde relatos de comerciantes indicam que brigas por pontos são frequentes.
Os pontos mais explorados estão no Centro, e os flanelinhas podem ser encontrados nas praças Frei Baraúna e Arthur Farjado, no Largo do Canhão, e em ruas como a Santa Clara e Brigadeiro Tobias. Muitos deles usam coletes refletivos, e 25 possuem cadastro na Polícia Militar, conforme divulgou a corporação. Regulamentado por lei federal, o registro como "guardador autônomo de veículos" é feito nas Delegacias Regionais do Trabalho e exige, entre outros documentos, o atestado de antecedentes criminais. A cobrança pelo estacionamento em via pública, que é praticada também no entorno de hospitais, da rodoviária e nas ruas que cercam o Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, na Vila Hortência, incomoda quem precisa parar o veículo nesses locais, mesmo que, muitas vezes, não haja valor fixo para a parada.
É o caso, por exemplo, do supervisor de segurança Benedito Pereira, que afirma temer pelo pior caso não pague o exigido pelos flanelinhas. "Ficamos sem opção, pois o carro fica vulnerável e pode ser riscado ou coisa pior", diz. Ele reclama da sensação de obrigação por ter que pagar por um espaço público. "Uma vez parei na Santa Clara, falei que só ia pegar um exame, mas mesmo assim a guardadora anotou minha placa e tive que pagar", conta. A situação faz ainda com que muitos motoristas optem por deixar seus veículos em estacionamentos privados, como o engenheiro eletricista Luís Palma. "Já que vou ter que pagar, que seja para ter alguma garantia", afirma. Porém, quando chega a estacionar na via pública, Luíz admite contribuir com o que pode. "Normalmente eles pedem uma moeda, já é melhor do que ter o carro riscado ou outro dano", justifica.
Fonte: jornal Cruzeiro do Sul (Sorocaba), 13 de abril de 2014

Categoria: Geral


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