Parking News

Irregularidades no documento do veículo podem causar dor de cabeça ao proprietário. Para regularizar a situação, as exigências podem variar conforme o Estado. No entanto, alguns procedimentos são os mesmos em qualquer região. Saiba como agir nessa situação e confira também dicas de mecânica do portal G1 em resposta aos internautas.

- Adquiri um carro ano 1986 e no documento consta GNV. O antigo proprietário disse que comprou o carro assim há três anos. Como devo proceder para tirar do documento esse tipo de combustível?
- G1 - Para se regularizar o documento de um veículo nessas condições, as exigências podem variar conforme o Estado onde o carro está registrado, mas a regra geral é a seguinte: primeiramente é preciso fazer uma solicitação ao departamento de trânsito local para a retirada do equipamento. Para isso é necessário passar por uma inspeção, normalmente antes da retirada. Será exigido o documento de transferência, que é o Certificado de Registro de Veículo (CRV), além dos documentos pessoais do proprietário, para a confecção de um novo documento sem constar o GNV. Alguns Detrans podem exigir uma Nota Fiscal de serviço autorizado pelo Inmetro para a retirada do dispositivo.

- Quero trocar o óleo do motor por um com a composição mais grossa. Pode? Isso aumenta o consumo de combustível?
- G1 - O óleo com viscosidade mais elevada, ou seja, mais grosso, tende a lubrificar melhor. Porém, o motor, principalmente com baixa quilometragem, ainda não possui folgas e um óleo mais denso afetaria sim o seu consumo. Um óleo com essa característica é mais recomendado para motores com alta quilometragem, cujo velocímetro já ultrapassou os 100 mil km. Nesse caso, o motor já possui mais folgas e o óleo mais grosso viria a compensar a lubrificação. Vale relembrar que o óleo indicado para cada motor leva em consideração uma série de fatores, como, por exemplo, a rotação submetida.
Um motor de alta performance que recebe óleo mais grosso que o especificado vai comprometer a bomba de óleo. Isso provoca uma sensível diminuição da vida útil da bomba, pois vai diminuir a pressão e a vazão. No final isso acabará por provocar a oxidação do óleo e também o entupimento dos canais de lubrificação, o que trará danos gravíssimos aos componentes móveis e, como conseqüência, só restará o motor fundido por deficiência de lubrificação.

- Comprei um carro em março deste ano e o manual do proprietário indica que devo fazer revisões periódicas a cada seis meses ou 10 mil km (o que vencer primeiro). Meu carro está atualmente com 3,5 mil km rodados e já na primeira revisão indica troca de óleo. O óleo é sintético. Não seria muito cedo para trocar o óleo com essa quilometragem? Por mim não trocaria, mas perderia a garantia. Tenho a impressão de que é jogada da concessionária para segurar o cliente. O que vocês acham?
- G1 - Sobre o óleo em específico, uma vez colocado no motor o motorista deverá atentar ao prazo estipulado pelo fabricante, que é sempre indicado em limite de quilometragem. Porém, o óleo, seja sintético ou não, deve ser sempre substituído no máximo a cada seis meses, independente da quilometragem. No caso relatado, a troca é necessária devido ao tempo de uso e vale ressaltar que manter a garantia de fábrica é muito importante. Convém sempre ao deixar o veículo para revisão consultar a tabela de exigências para a quilometragem ou período especifico, para que não seja feito nenhum serviço desnecessário.
- Amigos dizem que não se deve passar silicone em gel no painel do carro por motivos de manchas, desbotamento. É verdade? Devo ou não devo usar?
- G1 - Existem produtos bons e outros não. Em razão disso, pode ser o caso de surgirem manchas ao utilizar produtos de qualidade duvidosa, no entanto, o maior problema de se utilizar silicone no painel do automóvel é que o silicone retém poeira. O que era para ficar limpo acabará ainda mais sujo. Além disso, ao passar o silicone no interior do veículo, muitos chegam a exagerar e até o volante entra na dança. Quando você precisar fazer uma manobra mais ágil pode acontecer de a mão escorregar e aí já era.

- Queria saber mais sobre como funciona o câmbio com CVT. É um lançamento, todos os carros devem ter no futuro? Que cuidados ter?
- G1 - O câmbio do tipo CVT não é nenhuma novidade no mercado. O Daf, pequeno carro fabricado na Holanda, já possuía essa transmissão variável desde meados dos anos 1950. A grande novidade veio com a Audi, por volta de 2002, que conseguiu acoplar esse tipo de câmbio a um motor com mais de 30 kgmf de torque. Foi uma novidade pelo fato de os materiais existentes no mercado, até então, não suportarem tamanho esforço. O segredo, não só para o modelo CVT, é utilizar o óleo específico.

- Tenho um carro automático de que eu gosto muito, mas dizem que o carro com câmbio automático perde desempenho, é verdade?
- G1 - Existe um mito em torno desse tema que vem de longa data. Isso era um problema sim, mas para os carros mais antigos que utilizavam o câmbio automático com apenas três marchas. Atualmente, em comparação com a versão manual, o modelo automático ainda apresenta menor desempenho, mas com uma diferença muito pequena.

- É comum ter dificuldade para encaixar a marcha na redução da quarta para a terceira se a velocidade do carro não estiver muito baixa (acima de 30km/h)?
- G1 - Não é comum ter dificuldade para reduzir marchas, mas sempre que for fazer uma redução o ideal é que a velocidade seja compatível. Em outras palavras, não dá para tentar colocar uma segunda se estiver a 120 km/h. Desse modo, ao fazer a redução de marchas, o motorista precisa diminuir primeiro a velocidade. Pode até ser o caso de, por exemplo, reduzir a marcha para que o freio motor ajude a segurar o veículo em uma descida. Mas para isso, primeiro é preciso atenuar a velocidade e depois é que se faz a redução de marcha.
Lembre-se de que as reduções devem ser na seqüência, assim como vai se aumentando de 2ª marcha para 3ª, depois 4ª, e assim vai, o mesmo deve acontecer na reduzida, mas sempre sem se esquecer da velocidade compatível. Se a velocidade estiver relativamente alta, entre 60 e 120 km/h, o condutor vai precisar dar uma ajudinha com as rotações do motor. Para isso, basta dar uma acelerada com o pedal da embreagem acionado, ao mesmo tempo em que se reduz a marcha. Com essa prática, as marchas entram mais facilmente.
Fonte: portal G1, 8 de outubro de 2009

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Bilhete integrado metropolitano (09/10/2009)

O crescente custo do sistema de transporte público de São Paulo poderá ser freado a partir de janeiro com a adoção do Bilhete Integrado Metropolitano (BIM), que permitirá aos passageiros o deslocament (...)

Zona Azul é ampliada na capital (29/09/2009)

Numa cidade em que a frota de veículos chegou a 195.041 unidades em julho de 2009, segundo dados da Superintendência de Transportes e Trânsito (STTrans), está cada vez mais difícil encontrar um local (...)

Os donos da praça (06/10/2009)

A Polícia Militar conduziu a delegacias de Belo Horizonte, no ano passado, 198 flanelinhas por exercício irregular da profissão. Nos sete primeiros meses deste ano, mais 160. Vários soldados e oficiai (...)

Detran vai utilizar as câmeras da CET (07/10/2009)

O Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) vai utilizar as câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), de acordo com o presidente do órgão, Fernando Avelino. O acor (...)


Seja um associado Sindepark