Parking News

Se já é difícil estacionar o carro em São Paulo, beira ao impossível no entorno das grandes faculdades. Preços exorbitantes e sempre em aumento nos estacionamentos, flanelinhas nas ruas e excesso de veículos congestionam a vida dos estudantes universitários, afirma reportagem da Folha de S. Paulo. Na Universidade Mackenzie (na região central da capital paulista), por exemplo, a 850 metros da estação Santa Cecília do metrô, a maioria dos estudantes vai às aulas de carro e todas as ruas têm placas de Zona Azul.
Para se ter uma ideia, só em quatro quarteirões em volta há 13 estacionamentos, com capacidade para cerca de 1.200 vagas. E, mesmo assim, eles ficam lotados de manhã e à noite.
Não à toa, estão se verticalizando. Na rua Major Sertório, uma garagem de 120 vagas vai ganhar dois novos andares e ficar com capacidade para 300 veículos.
Quem para ali arca com uma hora de R$ 7 a R$ 10 e mensalidades por turno entre R$ 140 e R$ 210.
Para comparar, uma mensalidade do curso de teologia é R$ 452. A cinco quadras dali, em frente à Santa Casa, as horas variam de R$ 5 a R$ 7.
O aumento do preço do estacionamento também foi o principal problema encontrado na avenida Liberdade, na rua Vergueiro e no Pacaembu, onde há outras faculdades visitadas pela reportagem da Folha, que foi a dez, no total.
Gecilene Sousa, estudante da Unip da Vergueiro, pagava R$ 160 por mês pela garagem no semestre passado, que agora é de R$ 200 - 62% do valor de alguns cursos daquela universidade, como o de ciências biológicas, de R$ 318,40.
Na Faap (Pacaembu), cujas mensalidades chegam a R$ 2.750, teve estacionamento que aumentou, neste mês, de R$ 240 para R$ 270.
Quem opta por parar na rua não está livre da cobrança. Tem que arcar com gorjetas para os flanelinhas, que podem chegar a R$ 15. Ou para vigias de lojas, que deixam parar em frente, quando já estão fechadas.
"Para alguém tem que pagar", diz Rubens Cahin, que já perdeu mais de meia hora à caça de uma vaga na rua.
Também é este o problema mais comum na região da PUC, em Perdizes (zona oeste), onde os flanelinhas chegam a montar mesas na rua para receber os pagamentos e fechar vagas com cones.
"No meu primeiro dia, fui dar R$ 1 para o flanelinha e quase apanhei", diz o estudante Cleidinaldo Passos, que chega três horas mais cedo para conseguir vaga.
Fonte: Folha de S. Paulo, 28 de março de 2011

Nota do SINDEPARK:
O SINDEPARK esclarece que a atividade de estacionamento difere radicalmente do trabalho informal dos flanelinhas e que os preços cobrados são resultado de uma planilha de custos que inclui seguro, aluguel, encargos trabalhistas, impostos, conservação e manutenção, entre outros.

Categoria: Mercado


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