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Sucessor do Tempra, o sedã Marea chegou ao mercado junto com a linha 1999 da Fiat em mais uma tentativa de desbancar os tradicionais modelos do segmento na época, como Vectra, Santana e Versailles. Ao mesmo tempo, queria provar que a marca italiana era capaz de ter produtos sofisticados e não apenas compactos de baixo custo. De fato, logo no início, o carro impressionou por itens como o pré-tensionador do cinto de segurança e, principalmente, o motor de cinco cilindros e 20 válvulas.
Mas a alta tecnologia não foi suficiente para o Marea atingir o sucesso esperado pela marca italiana. O custo de manutenção, a confiabilidade mecânica, a falta de uma versão automática, além de um desenho que não agradou muito (principalmente a traseira), acabaram servindo de obstáculo para as vendas deslancharem. De qualquer forma, no primeiro teste que Autoesporte fez do sedã, em junho de 1998, o jornalista Octávio Sarmento Filho, destacou o bom nível de acabamento interno. "O refinamento e a excelente qualidade dos materiais não deixam dúvida que o Marea é uma cartada forte para atingir consumidores acostumados com algum luxo e conforto", dizia a reportagem.
Elogiado também foi o isolamento acústico, "bastante eficiente, mostrando intenso trabalho de engenharia nessa área", destacava a matéria. Aliás, o interior do sedã era bem agradável pelo conforto do ar-condicionado com controle automático de temperatura, dos vários porta-objetos (havia até porta-moedas próximo da alavanca do freio de estacionamento) e do painel de design arrojado com boa ergonomia. Apenas o espaço um pouco apertado no banco traseiro poderia atrapalhar, caso os assentos dianteiros estivessem totalmente recuados.
O motor 2.0, de cinco cilindros e 20 válvulas merecia um capítulo à parte. Tinha duplo comando de válvulas no cabeçote com variador de fase, eixos balanceadores (para eliminar vibrações) e uma pequena bobina para cada cilindro. "Ronca diferente de tudo aquilo que estamos acostumados", contava a matéria do primeiro teste. Tinha 142 cavalos e 18,1 kgfm de torque a altos 5.000 rpm, daí a demora nas respostas nas ultrapassagens. "Em utilização normal, algumas vezes, os 1.359 kg do Marea exigem o uso do câmbio mais do que o desejável", explicava o texto. Por isso, acabou sendo substituído pelo 2.4, de 160 cavalos, na linha 2001. No ano seguinte, a Fiat passou a oferecer câmbio automático.
Com motor 2.0 de 20 válvulas, o Marea acelerou de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos pelos testes feitos por Autoesporte na época do lançamento. A retomada de 60 a 100 km/h, em quarta marcha, ficou em 10.3 segundos, com máxima de 200,9 km/h. Na versão Turbo, segundo a fabricante, a mesma aceleração poderia ser feita em 8,1 segundos e a velocidade máxima era de 219 km/h. Porém, essas opções mais potentes do sedã estavam com os dias contados. Foram oferecidas até 2006.
Com vendas anêmicas, castigadas pela concorrência esgamadora, notadamente dos sedãs de marcas japonesas (Honda Civic e Toyota Corolla), o Marea tentou uma sobrevida com retoques visuais adotados a partir de 2005 e pela relação custo-benefício, já que abandonou os motores de cinco cilindros e passou a ser oferecido apenas com o 1.6 16V, já no último ano em que foi produzido, em 2007. Saiu de linha para dar lugar ao Linea.
Fonte: revista Autoesporte, 6 de fevereiro de 2011

Categoria: Mundo do Automóvel


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