Parking News

Se já fosse permitido multar por velocidade média e a Prefeitura de São Paulo tivesse radares com essa tecnologia, as autuações na avenida 23 de Maio, um dos principais corredores de tráfego da capital, seriam 700% maiores. No ano passado, um grupo de quatro técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), órgão da própria prefeitura, publicou um estudo sobre os possíveis impactos da fiscalização por velocidade média na via, segundo a Folha.
Os técnicos usaram informações coletadas por radares instalados no corredor em junho de 2011. No período, foram aplicadas 337 multas em veículos que trafegavam acima do limite de velocidade.
Se a multa fosse calculada pela velocidade média do veículo naquele trecho, teriam sido feitas 2.753 autuações.
No estudo, os técnicos da CET concluíram que a desproporção no número de motoristas que passaram pelo trecho com velocidade média acima do limite só ocorreu porque esse tipo de fiscalização ainda não é permitido.
Os especialistas Horácio Augusto Figueira e José Almeida Sobrinho defendem a fiscalização por média, mas dizem que ela só funciona em avenidas sem cruzamentos ou semáforos, como as vias expressas das marginais Tietê e Pinheiros, por exemplo.
"É uma medida saudável porque evita aquela prática usual no Brasil de diminuir a velocidade na passagem pelo radar e acelerar depois", afirmou Almeida Sobrinho.
Ele ressalta que ainda é preciso testar o modelo e garantir que o equipamento tenha precisão. Mas diz que a tendência é que essa modalidade de fiscalização acabe sendo regulamentada.
Já tramita um projeto de lei no Congresso Nacional, do deputado Edinho Araújo, que altera o Código Brasileiro de Trânsito para permitir a fiscalização por média de velocidade.
O projeto está na Comissão de Viação e Transportes desde março do ano passado.
O relator do projeto, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), é contra a medida. Em seu parecer ele diz que é temerário autorizar a medida sem testá-la.
Ele afirma ainda ter medo de uma "cobrança exagerada de multas de trânsito" e que é preciso "exterminar todas as possibilidades de falhas do sistema ou de brechas que possibilitem a corrupção dos agentes envolvidos".
No mês passado, o projeto foi devolvido ao relator para ele reexaminar o parecer.
No edital da licitação do novo sistema de fiscalização eletrônica, a prefeitura prevê que, enquanto a medida não for regulamentada, os dados coletados pelos equipamentos sirvam apenas para análises estatísticas. A ideia é que esses dados sejam usados no lobby no Congresso Nacional para a mudança da lei.
Fonte: Folha de S. Paulo, 2 de junho de 2013

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Sobrevoo (30/05/2013)

R$ 66 é quanto você gasta para deixar o carro durante um fim de semana no estacionamento mais barato do aeroporto de Guarulhos. Ida e volta de táxi da av. Paulista a Cumbica sai, em média, R$ 230


Seja um associado Sindepark