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Em São Paulo, seis em cada dez atendimentos médicos de emergência nas ruas envolvem acidentes com motociclistas. O Jornal Nacional teve acesso ao relatório produzido por médicos e autoridades de trânsito que participaram de um fórum na capital paulista. A conclusão é que os motociclistas são mal preparados.
Quem circula de moto em qualquer cidade grande convive com o perigo. O estudante Ribamar Machado sabia do risco, mas optou pela moto. É mais barata, mais econômica e mais rápida.
"É muito bom dirigir, é bacana, mas dirigir moto em São Paulo é muito complicado", alerta Ribamar.
Ele não escapou de um carro que mudou de faixa sem avisar. Em nove anos, o número de atendimentos a acidentes com motoqueiros na maior cidade do país saltou de sete mil para 18 mil: quase 50 por dia.
"O número de mortos e feridos é um problema grave. Todas as pessoas precisam passar a pensar no acidente de moto e a pensar como pode se comportar no trânsito para evitar acidente", recomenda Julia Greve, médica do Hospital das Clínicas.
O Hospital das Clínicas de São Paulo organizou um fórum para buscar formas de tornar o trânsito mais seguro. O trânsito ficou mais competitivo e mais perigoso, e a conclusão do fórum foi que a preparação dos motociclistas não acompanhou essa mudança. Os alunos, treinados e testados em circuitos, sabem o suficiente para passar na prova, mas não saem preparados para enfrentar as dificuldades que vão encontrar nas ruas de verdade.
A auxiliar administrativo Natalia Pimentel aprende a se equilibrar em uma série de curvas, fazer ziguezague e colocar um pé só no chão quando parar e andar em linha reta.
"Preparada a gente não está. Na verdade, aqui é só uma base", afirma Natalia.
"Prepara, sim. Porque se você souber se esquivar bem aqui, você tem plenas condições de andar sem que aconteça nada de mais grave", argumenta o assistente operacional Wagner Alves Lima.
Julyver Modesto, diretor de Centro de Formação de Instrutores, diz que os instrutores só serão mais exigentes quando o exame prático reproduzir a realidade dos motociclistas.
"Nada impediria que, por exemplo, o examinador fosse na garupa do candidato para transitar na rua, para verificar qual a condição dele na rua", conclui.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo), 20 de agosto de 2011

Categoria: Geral


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