Conforme reportagem do G1, na ponta do lápis, a diferença é grande para o setor, já que os carros mais caros são os que possuem maior margem de lucro, enquanto os modelos de entrada, os chamados "populares", trazem uma rentabilidade mais "espremida" para quem produz e para quem vende.
O presidente da entidade, Sérgio Reze, constata que a mudança de patamar de consumo tem feito as montadoras investirem nos lançamentos de veículos com preços acima de R$ 45 mil. "O aumento do poder aquisitivo da população fez com que as montadoras apostassem mais em outros segmentos", afirma Reze.
Mas o aumento da renda do brasileiro tem refletido, na verdade, em todos os segmentos de carros. Para atrair o consumidor, vale até colocar item de "luxo" em automóvel popular. É o caso das versões com câmbio semiautomático do Fiat Palio, chamado de Dualogic, que sai por R$ 37.230,00, e do Volkswagen Gol, o I-Motion, com preço sugerido pela montadora de R$ 34.605,00.
Até as montadoras chinesas viram espaço em segmentos mais caros. O primeiro modelo Chery vendido no país, o utilitário esportivo Tiggo, sai por R$ 49,9 mil. Aliás, esportividade é outro apelo na venda de produtos. Os modelos que recebem acabamento diferenciado com itens encontrados em modelos 4X4 ou apenas com detalhes que remetem ao sentimento de "aventura" também têm preços incrementados e ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro. É o caso do Volkswagen Cross Fox, Renault Sandero Stepway e do recém-lançado Nissan Livina X-Gear, que sai por R$ 51.700,00.
O "pequeno luxo" também ganhou espaço no Brasil. Neste ano chegaram todos os modelos supercompactos que fazem sucesso na Europa: Smart Fortwo, Mini Cooper e Fiat 500. O mais barato deles, o Smart Fortwo sai por cerca de R$ 57,9 mil.
Fonte: portal G1, 5 de novembro de 2009