O jornal A Tribuna destaca que a utilização do subsolo para garagens de edifícios, como já acontece hoje em Santos, é uma opção ao desconforto causado pelas atuais construções (com o chamado caixotão). No entanto, as dificuldades impostas pelo solo da cidade (considerado um dos piores do mundo, com camadas de areia e argila marinha até a rocha) podem ocasionar problemas ainda maiores. Para explicar as tecnologias à disposição de construtores, os engenheiros Clóvis dos Santos e Urbano Rodriguez Alonso participaram do encontro.
Santos destacou métodos possíveis, mas deixou claro que obras com mais de um subsolo são mais demoradas e caras. Já Alonso lembrou dos problemas causados às edificações vizinhas de dois empreendimentos de Santos que optaram pela construção de três subsolos. "O erro que houve foi pular de um subsolo para três. A evolução das coisas tem que ser devagar. O construtor não pode achar que fazer três subsolos é a mesma coisa que fazer um", criticou.
Modelo insustentável
Para o arquiteto e urbanista José Marques Carriço, na discussão sobre as garagens é preciso fazer mais reflexões, com a participação inclusive de outras áreas de conhecimento, além da engenharia. "A questão das garagens transcende a discussão da utilização do subsolo porque tem relação direta com o trânsito da cidade", o que não pode ser esquecido durante a escolha do modelo ideal.
Estacionamentos públicos
Questionado sobre a possibilidade de a Prefeitura criar estacionamentos públicos subterrâneos na cidade, já que as vias não comportam mais tantos carros, Pestana Neves afirmou que a ideia é considerada pelo município. "Nós estudamos essa alternativa, sim. Por isso, discussões como essa são tão importantes."
Fonte: A Tribuna (Santos-SP), 10 de novembro de 2009