"Ao assumir, a Embrapark mostrou dificuldades em prestar um serviço de qualidade. A fiscalização do contrato notificou a empresa e chegou a puni-la. Mesmo assim, ela continuou deixando a desejar. Por ordem do prefeito, as secretarias de Transportes e de Fazenda e a Procuradoria Geral estão resolvendo os aspectos legais que envolvem o rompimento desse contrato", anunciou o secretário de Transportes, Alexandre Sansão. Segundo ele, estão sendo estudadas alternativas para evitar que, com a saída da empresa, as vagas do trecho mais nobre da Zona Sul sejam retomadas por flanelinhas e antigos guardadores.
Uma ronda feita em Copacabana, Ipanema, Leblon e Lagoa nos dias 15 e 16 de maio, no entanto, mostrou que o desafio da prefeitura, na verdade, não é evitar a volta da desordem, mas resolvê-la, já que os flanelinhas continuam agindo em vários pontos. A Embrapark, que ainda não havia sido notificada da decisão da prefeitura, informou que conta com 540 guardadores, e reconheceu que o número é insuficiente. "O ideal seria ter 650 operadores. Estamos negociando o reequilíbrio financeiro do contrato para a operação se tornar viável", disse Marcio Vieira, gerente geral da Embrapark.
O secretário de Ordem Pública, Alex Costa, considera que o vácuo deixado pela empresa é agravado pela intimidação contra operadores. Segundo ele, entre janeiro de 2009 e a primeira quinzena de abril deste ano, 782 flanelinhas já foram detidos. A dificuldade, no entanto, é mantê-los presos.
Fonte: O Globo (RJ), 17 de maio de 2010