Os modelos contrastam com a criatividade das ruas. O triciclo mais comum nas ruas de Pequim, usado como táxi, parece uma latinha de atum. Por dentro, ele é bem espaçoso - cabem até duas pessoas. Com três rodas, esse caixotinho nada mais é do que uma moto 125 adaptada. No banco de trás, a vista é privilegiada, mas a impressão é a de estar dentro de um aquário, relata a reportagem do Auto Esporte TV.
Um outro triciclo, de desenho mais antenado com a China moderna, é na verdade uma mistura de carro com moto. Equipado com motor de scooter, de 150 cilindradas, o modelo é utilizado em pequenos trechos urbanos. O modelo vem com quatro portas, teto solar e um guidão, no lugar do volante.
Apesar de ser uma solução interessante para rodar devagar nas grandes cidades, não dá para abusar, já que, devido à altura e às três rodas, ele não é muito estável.
Não dá para falar em transporte alternativo sem lembrar das bicicletas. Hoje, são mais de 500 milhões circulando na China. E como tudo no país está em constante transformação, a novidade agora são os modelos elétricos.
Paula mora na cidade há quatro anos e desde que chegou só roda com sua bicicleta elétrica. "No meu dia-a-dia, que é ir para a faculdade e voltar para casa, eu vou e volto duas vezes, dois dias, eu consigo fazer esse trecho com uma recarga só. Levo de seis a oito horas para recarregar, então eu deixo da noite para o dia. Antes de sair de casa, eu coloco a bateria na bicicleta e vou embora", diz Paula.
As ruas de Pequim são bem planas e todas as avenidas têm espaço reservado para as bicicletas. A variedade de magrelas elétricas é grande e o preço varia conforme o acabamento e a duração das baterias. Um modelo com autonomia para 170 km chega a custar R$ 600.
Além das bikes, o que se vê muito na China são os triciclos de carga. Soluções caseiras para o uso da eletricidade.
Fonte: Auto Esporte TV (TV Globo), 16 de maio de 2010