Parking News

Vitor Aragão, de 12 anos, costumava a fazer o caminho da escola até sua casa, na zona sul de São Paulo, a pé. Na ausência da mãe, ele almoçava correndo, tirava o uniforme e ia brincar na rua. Mas a rotina do garoto mudou depois que ele foi atropelado por um carro. Um dia, quando tinha nove anos, ele brincava na calçada e resolveu atravessar a rua para encontrar os colegas. A travessia lhe rendeu uma perna quebrada e um corte acima da sobrancelha.
"A rua era tranquila (Vila Mariana), mas sempre tinha um carro que passava mais nervoso. Agora, prefiro brincar dentro do condomínio mesmo."
Histórias semelhantes à de Vitor são mais comuns do que se imagina, frisa o R7. Recente estudo da ONG Criança Segura apontou que garotos de sete anos, em média, são os que mais se envolvem em acidentes de trânsito no País. Segundo a coordenadora da entidade, Alessandra Françoia, isso ocorre porque crianças de até dez anos são incapazes de compreender a dinâmica do trânsito e conseguir identificar situações que podem ser arriscadas.
De acordo com o levantamento feito pela ONG com base em dados do Ministério da Saúde, o trânsito é a principal causa de morte por acidentes entre crianças e adolescentes de até 14 anos no Brasil. Do total de lesões sofridas nessa faixa etária, 38% correspondem a atropelamentos. Das 1.895 mortes de crianças de 0 a 14 anos no trânsito, registradas em 2010, 711 eram pedestres. Além dos óbitos, 7.932 crianças foram internadas após serem atropeladas.
O estudo também constatou que os meninos se envolvem quase duas vezes mais que as meninas em acidentes de trânsito, sendo 65% das mortes por atropelamentos referentes a garotos e 35%, a garotas.
Na avaliação do porta-voz da Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego), Dirceu Rodrigues, os garotos costumam ser mais impulsivos e se aventurar mais em brincadeiras de rua.
Outro dado revelado pelo estudo é que os acidentes acontecem, na maioria das vezes, no próprio bairro onde as crianças moram, principalmente durante a tarde. Alessandra explica que o período concentra a saída das crianças da escola, momento em que elas estão cansadas e mais desatentas. Para piorar, os motoristas geralmente saem do trabalho também nesse horário e fazem de tudo para chegar rápido em casa.
Já para Rodrigues, esse dado se explica pelo fato de crianças e pais terem a falsa sensação de que estão protegidas no bairro onde vivem.
Fonte: portal R7, 9 de setembro de 2012

Categoria: Geral


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