Segundo o relatório, na análise do ambiente econômico, o spread bancário foi excluído a partir deste ano, por ser considerado ineficiente para medir o grau de eficiência do setor bancário nos países, de maneira confiável e com comparabilidade internacional.
"A ausência deste indicador, sempre problemático para o Brasil, pode ter grande parcela de responsabilidade no salto de 53 posições dentro do pilar "ambiente macroeconômico", em que o país saiu da 115ª colocação em 2011 para 62ª este ano, e provavelmente também foi a principal causa para o ganho de cinco posições no ranking geral", informou, em nota, a Fundação Dom Cabral, responsável pela coleta de dados no Brasil.
O ranking é liderado pela Suíça, Cingapura, Finlândia, Suécia e Holanda, nesta ordem.
Ainda assim, a instituição destacou a influência de algumas medidas do governo, como redução da taxa de juros, na melhora da colocação brasileira no ranking.
Perdas e desafios
Apesar de ter avançado posições no ranking, no quesito Inovação, o Brasil registrou um recuo, passando da 44ª para a 49ª colocação, devido principalmente à falta de mão-de-obra qualificada.
Além disso, fatores considerados historicamente como gargalos à competitividade do Brasil mantiveram o mau desempenho em 2012, como a qualidade da infraestrutura de transportes, na 79ª posição, a qualidade da educação, na 116ª posição, e o volume de taxação, na 144ª posição.
Entre as dificuldades para a economia brasileira, o relatório indicou a baixa confiança nos políticos e de eficiência das políticas de governo.
Fonte: agência de notícias Reuters, 5 de setembro de 2012