295 quilômetros de paciência, no dia 1º de junho, formaram o maior congestionamento da história de São Paulo. Depois disso, quase 100 mil zero quilômetro ganharam placas e se juntaram ao caos dos congestionamentos.
Por todo o Brasil, o IPI mais baixo aumentou as vendas e fez o agosto mais turbinado da história, com 405 mil carros vendidos. Nesse ritmo, o ano deve terminar com 3,7 milhões de novos carros disputando as ruas brasileiras.
Mas esses mesmos números gigantes que movimentam a economia acabam paralisando as grandes cidades. Se não tem rua e avenida que chegue para tanto carro, como desatar o nó dos engarrafamentos? Uma grande aposta de urbanistas é em um investimento constante em transportes coletivos.
Segundo o professor de urbanismo da Mackenzie Roberto Rigui, carro é luxo e não para qualquer viagem. Ele cita um exemplo.
"Para você adquirir um automóvel em Tóquio, você precisa comprovar que tem uma garagem. A coisa mais importante é que o automóvel não seja usado de uma forma indiscriminada."
Urbanistas, de maneira geral, defendem integração entre os diferentes tipos de transporte, planejamento e continuidade dos projetos.
"O correto é que tenhamos uma substituição das viagens no transporte individual pelo transporte público e só sejam mantidas aquelas essenciais, aquelas que sejam insubstituíveis. Esse é o espírito", orienta Rigui.
Fonte: Jornal Nacional (Rede Globo), 5 de setembro de 2012