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Apesar da divulgação de balanços com queda de mortes nos feriados prolongados, o número de vítimas nas rodovias estaduais que servem de acesso à capital cresceu nos quatro primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento foi de 157 para 165 casos - o que demonstra o aumento de casos fora dos feriados. O balanço, inédito, foi obtido por meio da Lei de Acesso à Informação com a Polícia Militar Rodoviária, destaca O Estado de S. Paulo.
Os dados mostram que as rodovias usadas pelos paulistanos nos feriados seguem tendência contrária ao que é observado no Estado. Somando as rodovias entregues à gestão de concessionárias com as estradas gerenciadas pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem), que inclui até estradas vicinais, o total de mortos caiu 9,4% do ano passado para cá. A frota de veículos cresceu quase 7% no mesmo período. Nos primeiros quatro meses deste ano, foram 650 pessoas mortas, ante 720 em 2012.
Mas a Via Anchieta, por exemplo, um dos principais acessos ao litoral do Estado, teve duas mortes a mais neste ano do que no ano passado, totalizando 12 casos. Já a líder no crescimento de acidentes fatais é a Rodovia dos Bandeirantes, cujas mortes saltaram de 11 para 26. O balanço não inclui as Rodovias Fernão Dias, Régis Bittencourt e Presidente Dutra, que são fiscalizadas pela Polícia Rodoviária Federal.
O feriado que começou na quinta-feira (30) foi o quarto prolongado deste ano. Nos três anteriores - ano novo, Carnaval e Páscoa -, o governo do Estado divulgou balanços com forte redução de acidentes nas rodovias estaduais, movimento que não se observa na comparação do ano todo nas rodovias usadas pelo paulistano para deixar a cidade. No ano-novo, a queda foi de 44%; no carnaval, de 41,5%. Já na Páscoa, a redução foi de 47%.
Dois fatores explicam a diferença. Primeiro, nos feriados prolongados há mais trânsito nas estradas, o que faz com que os carros trafeguem em velocidade menor. Além disso, nesses períodos, há um reforço na fiscalização feita pela Polícia Militar Rodoviária, que inibe o consumo de álcool. No carnaval, por exemplo, as blitze da Polícia Militar tiveram até equipamentos capazes de detectar o consumo de maconha e cocaína. Mas esse mesmo efetivo não está nas estradas no dia a dia.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 30 de maio de 2013

Categoria: Geral


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