Ele destaca que empresas menores estão deixando de fazer essa rota por causa da elevação dos custos provocados pelos atrasos no descarregamento das cargas em Santos e demora para atravessar São Paulo. Quem contrata os serviços de uma transportadora paga o valor do frete - que não é nada barato -, mas não é responsável pelo tempo gasto durante o percurso. De São Paulo a Santos, diz o executivo, paga-se cerca de R$ 1 mil pelo frete, mais o pedágio (que pode chegar a R$ 800) e também serviço de segurança e seguro.
Por outro lado, os gargalos viraram uma grande oportunidade de negócios na área de armazenagem. A JSL (antiga Julio Simões) está montando um Centro Logístico Intermodal na cidade de Itaquaquecetuba, ao lado da Rodovia Ayrton Senna e da ferrovia. O objetivo é trazer a carga pela ferrovia, por exemplo, até o local. Dali a mercadoria segue em caminhões menores para ser distribuída em São Paulo e região, sem restrição de horários. "O empresariado tem superado as dificuldades com criatividade", afirma o presidente da JSL, Fernando Simões.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 19 de fevereiro de 2012