"Hoje é um dia fraco. Mas precisa ver a situação que as pessoas saem e simplesmente pegam o carro", disse um taxista, que preferiu não se identificar. Ele se lembrou de um episódio em que uma mulher embriagada perdeu o controle da direção e raspou a lateral do carro nos veículos de três colegas taxistas parados no ponto. "Basta ficar parado aqui e ver quantas pessoas chegam, bebem e saem dirigindo."
Enquanto esteve na Vila Madalena, a reportagem viu algumas viaturas da Polícia Militar percorrendo ruas do bairro, principalmente em locais com concentração de bares. Mas não presenciou nenhuma abordagem. Ao se deslocar, a reportagem acompanhou pelo Twitter informações de locais onde eram realizadas blitze da lei seca. O serviço é muito usado por motoristas para escapar da fiscalização.
Famosa por concentrar estudantes universitários, a Rua Maria Antônia também tem vários bares. Mas, em uma hora, apenas uma pessoa saiu dirigindo após beber.
Na mesa com sete amigos, o estudante de Desenho Industrial, Arthur César, de 18 anos, bebia água. "Não gosto de bebida alcoólica. Nós não costumamos beber e dirigir."
Apesar do exemplo do grupo, Arthur diz que é fácil ver pessoas bebendo e depois dirigindo. "É um perigo." Enquanto esteve no local, a reportagem viu duas viaturas da Polícia Militar estacionadas na rua, além de outras circulando pela área.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 15 de fevereiro de 2012