"Os animais, por mais inteligentes e bem treinados que sejam, podem ter reações inesperadas causadas por barulho, estímulos externos, cheiros, entre outras coisas. Nestes casos, os bichinhos podem se movimentar de forma inesperada, distraindo a atenção do motorista ou até mesmo se metendo entre as pernas do condutor. Em caso de acidente, um objeto de 10 a 15 kg pode, mesmo em velocidades relativamente baixas (50, 60 km/h), ter um impacto equivalente a meia tonelada ou mais, podendo causar sérias lesões nos ocupantes. Além disso, numa situação destas, o animal certamente se machucará seriamente."
Segundo a presidente da Fundação Animal Livre, existem duas maneiras seguras para transportar os animais em automóveis. A primeira delas consiste na caixa de transporte, que é um dos meios mais seguros que existe, pois isola totalmente o animal, mantendo-o sob total controle. Evidentemente a caixa deve ter tamanho compatível com o bicho. Além disso, deve ser amarrada firmemente à estrutura do carro. O único inconveniente é o tamanho do objeto. Para quem tem caminhonete, sport utility (SUV), van ou perua grande, é uma ótima solução. Já num carro compacto, se transforma em um problema. A segunda opção consiste na utilização de um cinto de segurança, que permite que o animal fique próximo aos donos, mas com a mobilidade restrita. Existem cintos especiais para animais, dimensionados de acordo com o tamanho e tipo de cada bicho. Estes cintos devem ser atados ao cinto de segurança do automóvel e ajustados conforme as necessidades. É importante relembrar que o animal deve sempre ficar no banco traseiro do veículo. O Código Brasileiro de Trânsito estabelece dois artigos que abordam a importância da condução de animais no banco traseiro e que proíbem o seu transporte nos braços ou nas pernas dos motoristas.
Fonte: jornal DCI (SP), 15 de fevereiro de 2012