Agora, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), vai existir mais "flexibilidade" para intervenções estruturais no aeroporto. A explicação dada pela estatal é que, enquanto estava congelado, não havia uma definição de quais elementos seriam tombados no aeroporto. Por isso, não se mexia em nada.
Com o tombamento definitivo, restringiram-se as áreas a serem preservadas como patrimônio histórico: o Pavilhão das Autoridades (prédio anexo ao aeroporto onde acontecem eventos), o terminal de embarque e desembarque de passageiros e uma estrutura de metal em arco triarticulado no hangar do aeroporto.
Apesar da definição, o tombamento dificulta planos da Infraero de ampliar o saguão de embarque - a obra teria de ser submetida à aprovação dos conselheiros do Conpresp.
É também um balde de água fria definitivo nos planos do Metrô, que planejava construir no entorno do aeroporto uma estação de monotrilho da futura Linha 17-Ouro. Com a iminência do tombamento, a ideia já estava sendo repensada pela Secretaria dos Transportes.
O que foi tombado
No Pavilhão das Autoridades, ficam preservados o conjunto de oito espelhos decorados no bar do Salão Nobre, de autoria do arquiteto francês Jacques Monet. Está tombado também um painel de 3,5 metros de altura por 16 metros de extensão atribuído a Di Cavalcanti e Clóvis Graciano.
No terminal de embarque e desembarque, a preservação é das "características externas das fachadas da edificação voltadas para a Avenida Washington Luís" e dos "espaços internos e elementos arquitetônicos e artísticos do saguão central, antigo salão de dança e restaurante".
Obras de arte como o mosaico Mapa Mundi, criado pelos arquitetos Hernani do Val Penteado e Raymond Alberto Jehlen, e um busto do aviador Santos Dumont também estão tombadas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 14 de fevereiro de 2012