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No ano seguinte à implementação da restrição de caminhões na marginal Pinheiros, ocorrida em setembro de 2010, o trânsito da via mudou pouco. Na média, os congestionamentos até aumentaram no rush da manhã. No da tarde, houve só ligeira melhora. É o que mostra levantamento feito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) a pedido da Folha.
Desde o dia 5 de março deste ano, a gestão do prefeito Gilberto Kassab também restringiu a circulação de caminhões na marginal Tietê sob o argumento de que a medida vai melhorar o trânsito.
Até o momento, não houve balanço oficial da CET sobre melhora ou piora dos congestionamentos na Tietê.
Percepção
Os números obtidos pela Folha sobre os congestionamentos na marginal Pinheiros confirmam percepção de taxistas que trabalham na região. "No começo deu uma aliviada, mas depois o trânsito aumentou de novo", diz José Moura de Santana, taxista há cinco anos no Brooklin.
"Agora está pior. Tira um caminhão e entram seis carros pequenos no lugar", diz Vitor Vieira Pinto, taxista há 20 anos no Morumbi.
Essa é justamente a explicação dada por quatro especialistas ouvidos pela Folha: vias que antes eram evitadas pelos motoristas por causa dos congestionamentos acabam ocupadas toda vez que surge um alívio temporário.
"O problema vai se repetir na marginal Tietê", afirmou Ulysses Carraro, integrante da comissão de trânsito da Associação Nacional dos Transportes Públicos.
Segundo ele, uma melhora inicial ocorre porque, sem caminhões, uma via tem menos chance de ter acidentes.
Até agora, foram aplicadas 138.300 multas a caminhões que desrespeitaram a restrição na marginal Pinheiros.
Na avenida dos Bandeirantes, onde a restrição a caminhões começou juntamente com a da marginal Pinheiros, o trânsito no pico da manhã se manteve praticamente estável no ano seguinte à medida. À tarde, porém, houve uma melhora significativa.
Juntando as médias da marginal Pinheiros e da avenida dos Bandeirantes, a média de congestionamentos no período de pico da tarde teve melhora de 19%. Já no rush da manhã a piora ficou em 5,8%.
Fonte: Folha de S. Paulo, 2 de abril de 2012

Categoria: Geral


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