Basta o comboio percorrer 200 metros para interceptar um carro com problemas na documentação. O aviso é passado para os policiais nas motos. E eles, rapidamente, alcançam o automóvel, que roda há dez anos e, desde 2007, não passa pela vistoria obrigatória. "Falta de dinheiro para pagar", diz o motorista.
Para recuperar o carro, o dono vai pagar R$ 73 pelo reboque mais R$ 39 por diária no depósito, além da multa de R$ 191. A infração é gravíssima, com perda de sete pontos na carteira. E o carro só é liberado após a quitação de todas as multas pendentes.
Metade da frota do estado do Rio, cerca de 2,7 milhões de veículos, está com a documentação vencida. Entre tanta inadimplência, até profissionais do trânsito, que nem conferem a data do documento.
Quatro equipes de blitz móvel estão nas ruas do Rio. Agem com rapidez, sem transtornos para o trânsito, onde menos se espera.
"Pega todo mundo de surpresa, mas esse não é o objetivo. O objetivo é que as pessoas andem de uma forma correta", explica Fernando Avelino, presidente do Detran do RJ.
Fonte: Jornal Nacional (Rede Globo), 31 de março de 2012